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Problemas do formaldeído em salões de beleza

Artigo sobre os problemas do formaldeído encontrado em salões de beleza

     Pesquisa completa nesta publicação, ela pode ser encontrada mais organizada nesse link para o PDF: https://drive.google.com/file/d/0BwfMUAh8D1IjdkhaQTFIb01TZUk/view?usp=sharing 
Análise de segurança, higiene ocupacional e ergonomia organizacional de um salão de cabeleireiros da cidade de Cianorte-Pr
Analysis of safety, occupational hygiene and organizational ergonomics of a hair salon in the city of Cianorte-Pr


MAKOSKI, André do Nascimento; graduando; UEM
andremkoski@outlook.com

Resumo

Trata-se de uma análise feita sobre os problemas encontrados em um salão de cabeleireiros, como o descuido, estresse e desatenção que provoca cortes, problemas ergonômicos, ruídos e toxicidade presente no ar, no caso são os químicos, amônia e formaldeído. O formaldeído não pode ser utilizado em estética massivamente, além de problemas relacionado a toxicidade, a grande inalação pode ocasionar carcinogênico no corpo em grandes quantidade inaladas. Análise constatou que necessita de EPIs para a utilização de químicas, por ser um ambiente que preza a estética seria interessante ter mascaras próprias decididas à estética de um salão de beleza. Temos problemas relacionados a ruídos e a solução sobre o ruído seriam ter conversas com níveis moderados de dbi ou até mesmo não ter conversa, e sobre as posturas inadequadas recomenda-se a especialização em cursos de cabeleireiros em ensinam as posições corretas.


Palavras Chave: salão de beleza; toxicidades químicas; saúde e ruído.

Abstract

This is an analysis done on the problems encountered in a hairdressing salon, such as carelessness, stress and inattention which causes injury, ergonomic problems, noise and toxicity present in the air caused by chemicals ammonia and formaldehyde. Formaldehyde can not be used to any great extent in aesthetics. In additions to problems related to toxicity, inhalation can cause a carcinogenic reaction in the body if it is enhanced in large quantities. Analysis has found that you need IPE when using chemicals. Given this is an environment which values aesthetics, it would be very interesting to have masks determined by the beauty of a beauty salon. We do have noise related problems and the solution to this would be to hold conversations at a moderate levels of dbi or even not to have conversation at all. Furthermore, appropriate postures are recommended for everyone specialising in hairdressing, when can be taught whilst training.


Keywords: beauty saloo; chemical toxicities; health; noise.


1.                 INTRODUÇÃO

Segundo Pscheidt (2005), a profissão de cabelereiro é uma das mais antigas da humanidade. São comuns ferramentas feitas em pedra como pentes e navalhas estarem entre os achados arqueológicos. O Egito se tornou um dos símbolos capilares mais famosos com as perucas feitas para rainha Cleópatra, mas foi na Grécia antiga que surgiu um local especializado para o serviço de cabelereiro como profissão.
Aborda uma analise de salão de cabeleireiros unissex, contendo ambiente para trabalhar com até três clientes ao mesmo tempo. No período de maior fluxo no final do ano é contratado um temporário, no restante do ano apenas se mantem dois efetivos nessa área.
O ambiente é dividido em duas partes, onde se tem o lavatório, e o outro espaço mais amplo para os serviços gerais do salão relacionado a cabelo. Este possui 3,2x7,7m e de altura 2,8 metros e o lavatório contém 3,2x4,7m com altura 2,8 metros. A parte geral do salão tem três áreas para se trabalha com os clientes e o lavatório possui dois lavatórios para trabalhar até com dois clientes ao mesmo tempo, possui dois por ser um serviço que não exige muito tempo e se exigir o cliente pode esperar na poltrona.
Foram abordados os fatores humanos, de segurança no trabalho e risco a saúde que existem no salão, bem como as precauções sobre fatores de risco e proposta de ajustes que se pode fazer para proteger os funcionários de riscos.

2.                 O Salão de cabeleireiros

A OHSAS 18001 (BSIGROUP, 2007) define os requisitos mínimos para melhores práticas em gestão de saúde e segurança ocupacional.
O serviço do posto é um serviço de trabalha ou que permanência no salão são de 8 até 11 horas por dia. Supondo que um cabeleireiro trabalhe 10 horas diárias e que dessas 10 horas ele utilize o secador por pelo menos 8, os danos a ele causados além do desconforto e estresse seriam auditivos a longo prazo. Infelizmente essa hipótese é a realidade de muitos profissionais. Segundo Mondarorim 2002 a perda induzida pelo ruído é consequência da exposição prolongada a um ambiente ruidoso, existindo dois aspectos fundamentais: as características do ruído e a suscetibilidade individual.
No salão de beleza de médio porte, além de problemas relacionados aos secadores têm as conversas, muitas vezes as conversas são maiores que o ruído do secador, então os problemas auditivos causados com o tempo a essa exposição não vem somente do ruído mecânico produzido pelo secador, mas sim das conversas, que somando os dois, chegam a dB(a) que nossos ouvidos não conseguem e não podem ser expostos por um longo período.
Nas medições feitas com medidor de pressão sonora, identificou-se que o ruído existente nos postos de trabalho variam entre 71 dB(A)  e 83 dB(A), não atingindo o limite de tolerância para ruído contínuo ou intermitente; considerando a jornada de trabalho do salão de 10h, a exposição máxima diária permitida de 83 dB (A) em nível de ruído conforme o anexo 1 da NR-15, não há consequentemente necessidade de melhoria ou adequações para os postos de trabalho, tampouco a utilização de Equipamentos de Proteção Individuais (EPI) para a questão de ruído. (SARDA, 2011)

De acordo com BRASIL, 2011 a NR–15 Anexo nº 1 a partir de 85 decibéis o nível máximo de exposição diária ao ruído intermitente é de 8 horas, a medida que o nível de ruído aumenta o nível de exposição permitido em horas diminui. Esses dados são dos ruídos, em médio o cabeleireiro deveria trabalhar 8 horas diárias com varias pausas, porém na pratica não é isso que acontece, e ele não fica apenas exposto ao ruído do secador, mas também à conversas dos clientes e toxidades das químicas utilizada no ambiente
 Para as analises aplicadas foram feitas visitas ao ambiente sendo levanto informações e problemas no ambiente trabalhado. Foram utilizado para medição de ruído o decibelimetrô, para luz o luxímetro, e para medidas gerais no ambiente a fita métrica e para a análise postural o método RULA de analise postural.

3.                 ABORDAGEM COM USUÁRIOS E ANÁLISE POSTURAL

A abordagem com o usuário é uma pesquisa feita de modo de análise e perguntas aos usuários do serviço ou produto, foram abordadas duas pessoas que são funcionários efetivos do ambiente para o qual foram questionadas sobre aspectos sobre percepção do posto de trabalho e suas interações a esse ambiente.
O método RULA é uma das ferramentas utilizada para que avalie o corpo biomecânico e postural e que foi criada para detectar posturas de trabalho ou fatores de risco que mereçam uma atenção especial. Através do método RULA são identificados distúrbios dos membros superiores relativos ao trabalho, utilizou-se câmera para analises posturais assim foi escolhidas as mais preocupantes, e analisados todas as posturas e pontuado, vendo seu nível de cada postura. Realizou perguntas, levantado dado sobre o ambiente e o seu uso para a melhor compreensão sobre o espaço e como são realizadas as tarefas com os clientes e se sentem algum incomodo.

3.1.           ABORDAGEM QUALITATIVA NÃO ESTRUTURADA

Deu-se prioridade as perguntas sobre posturas, dores, odor, e ruído, foi feita a analise aplicando o método RULA e o questionário Nórdico aos dois funcionários fixos. Os cabeleireiros comentaram que no começo da profissão sentiam incômodos diretos, mas agora sentem essas dores pelo menos uma vez por mês como em regiões das costas, ombros, pulsos e quadril, comentaram que aprenderam fazer posturas corretas em cursos ao ser perguntados, porem mesmo assim as vezes realizam postura incorreta, pelo menos umas duas vezes ao dia.

3.1.1.    INDIVIDUOS, MATERIAIS E PROCEDIMENTOS

O salão possui dois profissionais, o ambiente possui três conjuntos de, espelhos com luzes por trás dele, cadeiras ajustáveis, bancada auxiliar e bancada fixa, no lavatório possui dois lavatórios. O procedimento no ambiente geral é feito normalmente com as costas ereta e não curvadas ao atender os clientes, não possui a utilização de mascaras ao uso de produtos químicos, nem por parte dos cabeleireiros e nem pelos clientes. O ruído do secador mesmo sendo alto, o que mais incomoda é quando os clientes conversam, a faixa de dbs começam a aumentar.
Os problemas encontrados no salão rata-se de problemas, como posturas incorretas de nível 3 do RULA. As posições são inclinações incorretas muitas vezes ao utilizar o secador para fazer escova, no qual o cabeleireiro acaba se curvando todo em posições que chegam a ser inimagináveis.

Imagens da análise RULAp
Na avaliação do RULA vemos que a funcionário se inclina muito ao invés de levar a cadeira porque a poltrona é ajustável, foi questionado sobre, o usuário disse que normalmente quando vai ajustar o cliente já esta sendo e acaba não querendo ser chato e pedindo para a pessoa se levantar, por isso que comete essas posições criticas.
Na aplicação do questionário Nórdico, foram realizadas constatações que a cada mês os funcionários sofrem com dores no corpo.

1.1.1.    RESULTADOS E DISCUSSÕES

Necessita uma preocupação na parte olfativa como a utilização de mascaras de gases por cabeleireiros e por clientes, ou alguma mais simples com filtro de carvão que são o básico para o uso durante as químicas como formaldeído e amônia.
Necessitaria a utilização de tampões no ouvido para os cabeleireiros mesmo se os clientes não conversem, por questão deles ficaram durantes horas exposto a esse ruído, os clientes não necessitariam porque eles dificilmente ficariam no ambiente exposto diretamente por mais de duas horas com o ruído, até esse período não necessita o uso de tampões, mas se for ficar exposto por mais tempo necessita que os ouvidos sejam protegidos também.
Sobre o questionário Nórdico obteve resultados comuns entre os dois funcionários, como tendo dores nos ombros direto, sendo mais comum ter dor no ombro direito, que normalmente é neste braço onde eles realizam as tarefas mais complexas como usar o secador, pintura e descoloração, essas dores se apresentam durante os últimos 12 meses. Têm como resultado de pulsos, que os cabeleireiros sentem dores nas duas mãos ao decorrer de menos de 7 dias. Outras respostas sobre dores em partes do corpo comentando por cada cabeleireiros nos últimos 7 dias, foram no quadril, coluna dorsal e nos joelhos.
As posturas que deram níveis 3 ou superior foram as que são utilizado secador de cabelo, com coluna inclinada e torço inclinado e virado, e braços erguido a mais que 90 graus. Por mais que os cabeleireiros tenham o curso e que tenham aprendidos as posturas, as vezes eles fazem posições por curto tempo para não precisar se locomover e então acabam se inclinando para poder escovar todo o cabelo do cliente, isso seria corrigido se desse um ou dois parra para os lados ao ser escovado.


2.                 aNALISE AMBIENTAL

A análise ambiental é um estudo de diversos fatores e a forças deles no ambiente e como afeta o espaço ao decorrer de um tempo e os seus efeitos.
Para esse analise utilizou-se decibelímetro, luxímetro e fita métrica. Foram feitas as analises de seis fatores ambientais: cor, odor, ruído, iluminação, temperatura e vibração. Porem não foram encontradas problemas na maioria dos fatores, apenas com relação a odor e ruído no qual esta descrito abaixo.



2.1.           ODOR

O odor no ambiente é uma questão preocupante porque no estudo de Holmström e Wilhelmsson (1988) o efeito do formaldeído foi demonstrado com a utilização de um rinomanômetro e revelou obstrução nasal pronunciada com a exposição, há índices menores que 0,05 ppm são aceitáveis, enquanto que concentrações maiores que 0,10 ppm são preocupantes para saúde do cabeleireiro e para os clientes mais sensíveis.
A segurança no trabalho dos cabeleireiros é critica, pois eles e seus clientes necessitam do uso de mascaras e tampas ouvidos para não ocorrer predicações futuras no corpo dos mesmos, e no caso dos funcionários a utilização de luvas descartáveis que protejam as mãos deles de cortes e queimaduras acidentais.
Segundo LORENZINI 2010,  o uso de formol é prejudicial à saúde, podendo causar alergias, irritação aos olhos, vermelhidão, lacrimação e dermatites. Por outro lado, os consumidores, usuários dos serviços desses estabelecimentos, muitas vezes sabem da utilização de formol e concordam com o seu uso no processo de alisamento, uma vez que o mesmo garante uma maior durabilidade ao alisamento e assim os cabeleireiros acabam se expondo nessa química toxica que pode para poder agradar seus clientes podendo ter obstruções nasais por conta de química do produto.

“Riscos ergonômicos: qualquer fator que interfira nas características psicofisiológicas tais como: postura inadequada que pode levar a problemas de coluna, ritmo excessivo de trabalho, movimentos repetitivos;  Exposição a substâncias potencialmente tóxicas, como: tinturas e substância químicas; Extremos de temperatura, tornando o ambiente de trabalho  inadequado.  “Stress”, entre outros.” (GOVERNO, 2012)

                        Para se mantiver seguro do odor químico, é necessário a utilização de uma mascara por parte dos cabeleireiros que estão no ambiente onde esta sendo realizado a química e a utilização pelo cliente, pois eles também estão naquele ambiente e inalando o mesmo ar toxico.

2.2.           RUÍDO

Segundo a pesquisa de BRASIL ([2001?]) os secadores de cabelo para uso profissional têm potência superior aos de uso doméstico, sendo assim geram maior quantidade de calor e consomem mais energia, contudo o tempo de operação é menor, facilitando o trabalho do usuário. Ainda segundo a pesquisa do Inmetro o ruído do secador de cabelo é causado pelo ventilador que capta o ar externo, o conduz até uma resistência que aquece o ar e gera o calor usado para secar o cabelo. É sabido que esse ruído pode alcançar em média 90 dB. Tabela de dBs e a análise feito no salão sobre o ruído a baixo:


Tabela do tempo máximo de exposição permissível ao ruído contínuo ou intermitente

(NR – 15, Anexo 1, Ministério do Trabalho)
(Fonte: NR, Ministério do Trabalho)


Tabela de análise de ruído no são
de cabeleireiro com diversos cenários:
Foi realizada a analise utilizando o decibelímetro, sendo realizado em diversos fatores, como se pode ver no gráfico acima, constatou-se que os cabeleireiros são os que mais sofrem com o ruim, principalmente por questão da conversa e por o secador estar próximo ao ouvido do profissional.
Se se parou em 3 categorias: verde seria de exposição longa, amarelo de exposição 7 até 8 horas e 30 minutos, e vermelho é quando a exposição se torna perigosa ao cabeleireiros, que pode ficar exposto de 4 em dias normais e pouco conversa e menos 1 hora e 45 minutos em caso de muita conversa e ruídos.
            Quando a conversa se soma ao ruído do secador, essa exposição não pode passar de algumas horas, nossos ouvidos não podem ser expostos como mostra os gráficos acima.
Supondo que um cabeleireiro trabalhe 10 horas diárias e que dessas 10 horas ele utilize o secador por pelo menos 8 (conforme a tabela ele poderia ficar exposto ao ruído no máximo até 1 hora e 15 minutos horas diárias, no máximo se não tiver muito conversa até 4), os danos a ele causados além do desconforto e estresse seriam auditivos a longo prazo. Infelizmente essa hipótese é a realidade de muitos profissionais.
“A perda induzida pelo ruído é consequência da exposição prolongada a um ambiente ruidoso, existindo dois aspectos fundamentais: as características do ruído e a suscetibilidade individual. ” (MONDADORI, 2002, p.48)
Entre as causas da baixa produtividade, Rozenfeld (2006) aponta o desconforto causado por fatores ambientais como iluminação, temperatura, qualidade do ar e ruídos. Iida (2005) destaca que uma grande fonte de tensão no trabalho são as condições ambientais desfavoráveis, como o excesso de calor, ruídos e vibrações. Estes fatores causam desconforto, aumentam o risco de acidentes e podem provocar danos consideráveis à saúde.
                                   
1.                 CONTRIBUIÇÃO DA PESQUISA
 
Contribui para dar visibilidade a esse ambiente que necessidade de EPIs e não os possui, de como, conscientizar os cabeleireiros e os design para o uso e a produção de acessórios de segurança que possa ser usando com o visual atrativo e não estético que desestimula o uso deles. Como na área geral do salão no qual é utilizado o secador e químicas toxica, além das conversas, isso é prejudicial ao ouvidos e a nossa saúde olfativa. Alertar sobre os problemas de saúdes que são expostos ao utilizar esse produto, e dar a visibilidade para problemas de câncer que podem surgir a partir da utilização do químico.
 
2.                 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O posto de trabalho utilizado possui três situações criticas que são toxidade, ruído e problemas ergonômicos, sem contar os acidentes que podem ocorrer como todos os postos de tralho.
A toxidade de um salão de beleza se da por conta do formaldeído e amônia, no qual os cabeleireiros necessitariam de EPIs estilo mascara de gases com filtros de carvão e os clientes também, porem a utilização se torna inviável por conta da aparência “assustadora” da mascara disponíveis no mercado.
Imagem 1                                                                Imagem 2
(Cliente e cabeleireiro utilizando máscara reutilizável        /     Cliente utilização de máscara descartável)

Nas toxidades o recomendado seria que o cabeleireiro utilizasse mascara de gás como na foto acima, e todos os outros que tiverem no mesmo ambiente da toxidade, e o cliente utilizasse uma mascara de gás com filtro de carvão ativado descartável. Os profissionais poderiam ter mascaras reutilizável que filtrariam melhor o ar, e os clientes as que protegessem eles das toxinas do ar, sendo descartável para não a ver contaminação de um cliente para o outro com mascaras reutilizáveis. Já que o cliente fica com a cabeça para frente e o cabelo é secado e pranchado para trás, o vapor das toxinas do formaldeído é liberado na direção do cabeleireiro e para não a ver essa inalação deve-se utilizar as mascaras de gás recomendadas como nas fotos e os cliente podendo utilizar umas não tão forte de absorção de impurezas, mas apenas necessárias para aquelas horas que eles ficam expostos no salão de beleza, ou a utilização de uma mascara reutilizável também para os clientes, mas desde que de um cliente para outro o filtro fosse trocado e a mascara fosse higienizada de forma corretar para ser utilizada novamente por outro cliente.
Não existem máscaras próprias para as químicas de um salão necessitaria uma opção no mercado de mascaras que conversassem com o estilo do ambiente de um salão de cabeleireiro, para a utilização mais comum das mascaras nos salões.

“ANVISA indica que, em contato com o couro cabeludo, o formaldeído pode causar danos como irritação da pele, queimaduras e intoxicação. Ainda assim, há salões de beleza do país que utilizam o produto, expondo os consumidores a inúmeros riscos.” (LORENZINI, 2010)

Em 2009 o Brasil (2009) proibiu o uso do formol puro em todo o Brasil e mesmo assim ele é utilizado em salões de beleza com outros nomes do que antigamente era conhecido por ter formaldeído em sua composição, como progressiva fica conhecida como escova inteligente, mas ao fazer isso o salão não está indo contra uma lei, e sim a saúde do profissional e do cliente, onde ambos estão sendo exposto a toxicidades químicas. Contudo mesmo os salões oferecendo escovas com adição de formaldeído, clientes e funcionários deveriam utilizar proteção adequada, já que na área é proibido a manipulação do químico, existe obrigação de EPI em laboratórios que manipulam tal substancia.
Segundo a UNB (2010), a máscara necessária para a manipulação do formaldeído em laboratórios é uma que tenha filtro especial para vapores químicos, um filtro para gases ácidos ou especificamente para o formol. A cor para os filtros de gases ácidos e a branca e o verde é para a amônia, ambos dos gases são frutos de processos químicos presentes em salões de beleza. Esses filtros segundo a empresa 3M (1999), são produzidos com a filtração em carvão ativado que é tratado para que haja também absorção química do contaminante, através de sua reação com a substância utilizada no tratamento.
Essa pesquisa não tem o objetivo de estimular o uso do produto em salões, apenas alertas sobre todos os problemas que a química que os clientes utilizam no seu cabelo são prejudiciais á saúde, não só ao cliente que esta no processo químico, mas como para os cabeleireiros e a todos que estiverem no ambiente inalando o ar sem a utilização de qualquer máscara para a filtração de gases ácidos.

O formol é um composto tóxico e o contato com ele pode ser feito por ingestão, inalação ou contato direto, ocasionando danos irreversíveis à saúde e até a morte. A exposição prolongada ao formaldeído aumenta as chances de um indivíduo desenvolver câncer, pois este é um composto que provoca uma multiplicação exacerbada das células. Também apresenta efeitos teratogênicos, além de causar dermatites e reações alérgicas. (VIERA, 2013)

O aspecto carcinogênico do formaldeído é algo mais preocupante ao ser utilizado em pessoas por profissionais de beleza, sendo que até para a manipulação em laboratórios é necessário o uso de máscaras, luvas, óculos e jalecos.
O correto seria não utilizar a química para fins estéticos por ser proibido, e muito menos a manipulada do excesso de formaldeído em cremes, porém como é massivamente utilizado nos salões cabeleireiro que pelo menos fosse cumpridos os requisitos mínimos de proteção aos que estão no ambiente da química.
Os ruídos seriam resolvidos com protetores de ouvidos, porém no salão a conversa é inevitável o cabeleireiro e os clientes não utilizariam muito, em prol de poder conversas durante o atendimento no salão.
O ruído do salão é gerado a maioria das vezes pelas conversas somadas com o ruído de conversas paralelas, não consegui encontrar um solução para o ruído, a solução mais viável seria apenas utilizar os secadores e ninguém conversar no salão, porem o silencio seria entediante nesse espaço que normalmente costuma ser descontraído.
As posturas incorretas poderiam ser corrigidas se o profissional tiver cursos de cabeleireiros, normalmente esses cursos ensinam como manter uma postura boa para evitar problemas em longo prazo, e colocando em pratica também, a funcionaria tem vergonha em pedir para o cliente se levantar para ajustar a cadeira, deve-se colocar em primeiro lugar a saúde física neste ambiente de trabalho que exige muito do corpo ereto.
Os fatores ergonômicos poderiam ser resolvidos com lavatórios reguláveis, pois é nesta área onde se encontra muitos problemas e postura por conta do cabeleireiro ter que se inclinar para lavar o cabelo do cliente, na parte do salão em geral é tranquilo, pois as cadeiras são ajustáveis, e sendo assim o profissional poderia se atentar mais nas posturas durante a utilização do secador sem fazer posições incorretas.
Também possui os riscos de acidente no qual são inevitáveis em todas as áreas, mas com atenção eles se tornam nulos, a maioria dos acidentes do salão ocorrem por conta de distração e não por conta de causas natural. Portanto a maioria dos problemas dos salões de beleza poderia ser resolvida com a utilização do redesign e aprimoramento de EPIs para torná-los mais atraentes e aceitáveis esteticamente de serem utilizados.
Apesar das recomendações realizadas é possível realizar que há certos problemas que não foi possível realizar mais a fundo.


REFERÊNCIAS

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